2/09/2011

capitao arthur de barros basto

Artur Carlos de Barros Basto (Amarante, 18 de Dezembro de 1887 — 1961) foi um militar português.

O capitão Artur Carlos de Barros Basto faleceu em 1961, sem ter sido reabilitado pelo Exército Português da decisão de 1943 do Ministro da Guerra que o exenorou das suas funções de oficial, pelo simples facto de ser judeu e um activo defensor da tolerância religiosa, e dos Marranos em particular. A sua reabilitação, apesar de vários pedidos, continua por acontecer.

Nascido no Porto em 1887, foi educado dentro do cristianismo, apesar de mas na juventude ao tomar conhecimento da sua ascendencia judaica (era de uma família de marranos de Amarante, e o seu avô era ainda um membro praticante da comunidade) inicia uma aproximação, primeiro teórica, e com a vinda para Lisboa, prática.

Ao mesmo tempo que iniciava a sua vida castrense, o então jovem Barros Basto apresentou-se um dia na sinagoga sefardita de Lisboa e declarou-se judeu. Apesar do seu empenho, a Congregação negou-lhe inicialmente a integração na congregação.

Por forma a ser aceite como membro de pleno direito, aprendeu o hebraico e deslocou-se a Marrocos para receber instrução religiosa. Em Tânger foi circuncidado e oficialmente aceite dentro da religião judaica, adoptando o nome de Abraham Israel Ben-Rosh.

Depois de cursar na Escola de Guerra, Barros Basto participou na Implantação da República. Foi ele que hasteou a bandeira da República, no Porto.

Posteriormente comandou um batalhão do Corpo Expedicionário Português, na Primeira Guerra Mundial, como tenente na Frente da Flandres, pelo que que foi condecorado.

Barros Basto ficou conhecido como o “Apóstolo dos Marranos”, denominação que lhe foi dada pelo historiador Cecil Roth, e que descreveu o empenho com que se dedicou à sua “Obra do Resgate”.

“Adonai li velo irá” (Tenho Deus comigo, por isso não temerei”), era a sua divisa, e de facto não temeu percorrer o interior de Portugal a fazer o levantamentos, e os contactos, para salvaguardar a identidade única dos Marranos ao mesmo tempo que ambicionava traze-los para o judaísmo moderno.

De regresso ao Porto, fundou a comunidade israelita em 1923, e foi um dos impulsionadores da construção da Sinagoga do Porto, em 1938.

Dadas as dificuldades que encontrava em Portugal, sobretudo financeiras, partiu para o estrangeiro. Em Londres foi criado o Portuguese Marranos Commitee, que disponibilizou dez mil libras para a construção de um centro com sinagoga e sala de leitura e a admissão de um rabino residente.

fonte:    
http://pt.wikipedia.org/wiki/Artur_Carlos_de_Barros_Basto

Nenhum comentário:

Postar um comentário